A história da aparência do Mario possui raízes épicas. Muitos leitores já o sabem, mas relembrar nunca é o bastante: antes do jogo Donkey Kong ser lançado para arcades, Shigeru Miyamoto e sua equipe de desenvolvimento viram-se limitados pelo hardware; não havia como projetar um personagem com boca e movimentos nos cabelos e braços. Baseado nisso, nasceu o macacão (para tornar os braços visíveis), o bigode (para separar seu nariz de sua boca) e um chapéu (para evitar o movimento dos cabelos). De lá para cá, aquela se tornou a aparência oficial do personagem mais famoso do mundo dos video games, e é com ela que seus jogos atingem uma quantidade massiva de sucesso em absolutamente todo o mundo. Dentro desta história épica, no entanto, esconde-se a sujeira dos acontecimentos, as indescentes, bastardas réplicas, o retumbante fracasso rumo ao alcance da glória dos pixels oficiais de Super Mario. Você os conhece logo abaixo em uma edição do Top 5 do Por Dentro do Mario.
5) Mario Bros. para Atari 800
A Atari foi responsável pelo lançamento de portes dos jogos de maior sucesso da época, como Donkey Kong e Mario Bros. Contanto, os sprites de seus portes não foram lá muito felizes. Dada a totalidade das capacidades gráficas do Atari 800, este sprite do Mario, produzido para uma versão específica de Mario Bros., não é lá muito feio. Mas somos exigentes: a pele amarela, o rosto diminuto e o pescoço finíssimo dão a ele o ainda distante, quinto lugar da lista. Ou seja, com exigências tão pequenas, aceitamos o sprite como ele é, sem preconceito e com o coração aberto. Dá cá um abraço.
4) Donkey Kong para Commodore 64
Lembra-se da lenda que dizia que o Toad de Super Mario Bros. nos mostrava os dedos do meio devido a alguns pixels desnecessários que acabaram por criar um duplo sentido visual? Pois é, é exatamente o que acontece com o porte de Donkey Kong para o console Commodore 64: por mais leal que tente ser às fontes originais, o sprite dá a impressão de estar constantemente apalpando suas partes genitais. Isso mesmo, de mãos cheias no saco! Uma segunda olhada para a imagem acima, e você concordará.
3) Donkey Kong para Atari 2600
Consegue sentir? Estamos chegando ao momento solene... Um Mario obeso, pálido como um fantasma encarnado, totalmente vestido de roxo foi apresentado pelo porte de Donkey Kong para Atari 2600. Quando subia escadas, assimilava-se a um saco de batatas violáceo. As versões distorcidas dos sprites originais do Mario para arcades nos faziam lembrar do original, mas ao mesmo tempo, nos frustravam a nível extremo, porque... não era nada assim! E, se o sprite do até então conhecido como Jumpman já era feio, mal se equiparava à versão do gorilão gigantesco Donkey Kong.
2) Donkey Kong para Intellivision
O estilhaçamento de uma linha de lealdade ficou por conta do console Intellivision, da Mattel, que produziu um dos jogos mais feios da história do Mario. Para os carentes da imaginação extrema necessária para visualizar o jogo, Donkey Kong é uma pilha de gosma esverdeada, Pauline é uma horripilante medusa nua, vermelha ou azul (dependendo da fase) e Mario é um pivete que mal saiu de suas fraldas e pede dinheiro à sua mãe para comprar doces.
1) Donkey Kong Jr. para Intellivision
A ímpar aberração, mancha eternamente impregnada nas profundezas dos jogos estranhos, Donkey Kong Jr. para Intellivision conseguiu ser ainda pior que seu antecessor. Para que não haja confusão, não temos (quase) nada contra a mecânica do jogo, visto que é uma réplica quase que idêntica ao padrão de Donkey Kong Jr. original para arcades; os sprites, entretanto, são os produtores número 1 da frustração. De uma vez por todas, um Smurf pelado não pode ser o Mario.
Considerações: Donkey Kong para Atari 800.
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